quarta-feira, 23 de abril de 2008

"... Mas a vida é uma caixinha de surpresas..."

Difícil retratar os dois últimos finais de semana.
Primeiro, mais um show fantástico do "Paralamas". Inexorável!! Por vezes, cessava os gritos e a cantoria apenas para me permitir ser guiada pela música. Que incrível poder ela exerce sobre mim.
O resultado já era de se esperar: voz rouca e fuga da aula de perna-de-pau por mal conseguir agüentar as minhas próprias pernas!
Depois o tão esperado "Retiro do Crisma".
Puxa vida, como foi bom!
Já fui numa porção de retiros e posso contar nos dedos quais foram tão maravilhosos quanto esse.
Toda preocupação, toda ansiedade, toda emoção, todo choro contido... Tudo extravasado numa explosão de sentimentos, abraços, palavras amigas e desejos de mudança.
Quisera sentir todos os dias a paz que senti naquele sítio. Sítio que me traz lembranças de um passado-presente que mal pôde acontecer. Todas as vezes que volto lá e vejo aquele banco na beira do lago, banco que há tempos...
E vem a lembrança daquele acampamento e, com ela, a saudade de ser adolescente, ser livre de receios e de me sentir aninhada naquele abraço outra vez.
Mas neste sábado, olhei para aquela maravilha de cenário e não lamentei o que não foi. Desejei o que pode ser.
E, na pureza desse sentimento - se é que eu posso dizer assim - Vi outros braços. Pensei em outro abraço. E me mal disse por ser tão vulnerável a sua presença. Por não me contentar com o que me ofereces. Por querer mais e querer-te todo. E, principalmente, por não ter dito, por não ter entregado o que escrevi.
E me lembrei daquela letra do Caetano: “... toda razão, toda palavra, vale nada quando chega o amor...” *
E pensei talvez... Ah! Pouco importa o que pensei. É extremamente difícil para eu tomar certas decisões, quando o que está em jogo é muito caro pra apostar. Aí volto a olhar para aquele banco e para aquele lago e a sonhar. E me sento à espera do entardecer, à espera do dia em que tudo isso deixará de ser um sonho. E aí "então serei, serás, seremos...” **
Em suma, o melhor de termos finais de semana agradáveis é a sensação de "bis" que fica na gente.
E bora imbora! Que a vida não pára não!
Nota: * "Tá Combinado" - Caetano Veloso, letra de Peninha
** Citação do verso de Pablo Neruda

"Saber amar é saber deixar alguém te amar..."

Estava tentando juntar inspiração suficiente pra escrever algo realmente interessante. E cheguei a conclusão de que gastei todos os meus neurônios escrevendo uma carta. Sim. Essa foi a "brilhante" ideia, a saída mais fácil que encontrei para "Dizer ou não dizer, eis a questão! (Partes 1 e 2)".
Não que isso seja corajoso, pelo contrário. Mas cada um se vira como pode e eu vou me virar assim.
Porque existem coisas que não deveriam ser ditas. deveriam ser entendidas.
Mas aí até que tudo seja entendido, até alguma atitude ser tomada, vai levar um baita tempo e eu não tenho paciência de esperar. Por mais que eu seja cautelosa e goste de fazer tudo planejado nos mínimos detalhes.
Tudo bem, quando você recebe um notícia dessas, ainda mais por escrito, a primeira reação é: "Ai meu Deus!" "Ninguém merece!", depois, "Ai credo, nem pensar!" e, por último: "Vou fingir que não li isso..."
Ou seja, vai continuar do mesmo jeito. Isso pensando positivo, coisa que nem sempre eu faço. Mas aí a gente pensa: "E daí? Não pode ficar pior do que está!" E então a gente arrisca.
E veja bem, pra eu arriscar dessa maneira - porque tem muita, muita coisa em jogo - tem que valer a pena. Não entro em briga que não compensa.
Porque será que mesmo sabendo o final, insistimos em assistir o filme inteiro?
Eu já sei como essa história termina. Mas não aguento, preciso vê-la acontecer.
De novo. Adoro clichês!

Js, 17 ou 18/04/2008.

domingo, 6 de abril de 2008

Dizer ou não dizer... Eis a questão! - Parte 2

"Não posso lhe dizer o que estou pensando
porque estou pensando outra coisa..."

Afinal, o que nos faz mudar de idéia?
Como algo que estava tão fixo desprendeu-se?
Talvez não seja essa a melhor palavra. Não pra explicar o que pode ser... ou não.
Não sou de desistir, nunca fui.
Mas quer saber? Melhor assim.

"... a faça entender que seu caminho fica do outro lado da estrada.
E ela irá. sem pretensão de voltar..."


Foi isso que aconteceu.
Acho que finalmente eu entendi. Mesmo que aqui esteja tudo do mesmo jeito. Mesmo que haja espera. Houve entendimento.

"Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer
Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher
Que passou por meus sonhos
Sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim"

(Coração Vagabundo -- Caetano Veloso)

sábado, 5 de abril de 2008

E esse é o meu "eu"!

... totalmente distante de mim, lá longe vejo esvaindo-me ao nada!
Ao nada me faz sentido, ao nada que me conforma, ao nada que me completa e ao nada que me faz não querer continuar.

Escuro, sem motivos, sem perspectivas. Chorar já não me satisfaz e falar já tornou-se repetitivo.

Sentimento sem nome dentro do coração de alguém que no momento não tem indentidade!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

"... sentia um acréscimo de estima por si mesma..."

"De tanto procurar, em meio à acertos e erros, encontramos o que tanto garimpamos e não havíamos encontrado.
As lágrimas que caem hoje, só nos fazem lembrar de tudo o que já nos ocorreu, principalmente das nossas frustrações, das nossas derrotas que muitas vezes nos remetem instantaneamente a dentro de nós, àquela porção pessimista que insiste em nos dizer:" Eu sempre te falei que não seria capaz de mudar". Mas sabe, pelas derrotas, pelos tombos e lágrimas provenientes disso, eu continuei acreditando, mesmo que bem lá no fundo, que algo um dia mudaria e que eu seria uma sólida parede contra essa voz que só sabe machucar.
Os erros que cometi ficaram no meu passado e, por mais que não me agrade relembrá-los e revivê-los nem que seja por segundos, eles me serviram de escada pra que eu nostasse que estava me ocultando de mim mesma, buscando em direções erradas ou somente um pouco erradas, aquilo que tanto me faria bem. Aprendi a me olhar com os olhos cheios de luz, de elogios, passei a gostar mais de mim e do que eu tinha a oferecer àqueles que esperavam por mim, aonde quer que estivessem.
Hoje acredito muito que nada como o tempo para nos mostrar qual o caminho e que o acaso move sim as páginas da vida...Caso não fosse assim eu não estaria aqui para comemorar momentos tão valiosos.
Eu sei, você sabe que esse ciclo será quebrado, basta apenas que você descubra qual o elo mais frágil que te prende a essas voltas que, em nossos pensamentos mais tristonhos, parecem não mais ter fim.
O mundo se abre diante de nossos olhos quando somos capazes de abrir mão de momentos, lembranças palpáveis, sentimentos que nos levam a cenas que não nos fizeram felizes. Quando passamos sempre pelo mesmo caminho, dia após dia, deixamos de reparar pelo simples fato de que achamos que sabemos o lugar de tudo. A verdade é que mesmo na rotina de uma paisagem, todos os dias, crescem as flores e caem as folhas e nem sequer notamos. Isso é uma centelha em plena natureza, o que no fim, nos dá a noção exata dos detalhes lado a lado colocados.
Para que se criem novas ideias, é necessário o convívio com novas pessoas, com pensamentos novos, com novos caminhos. Chega da mesma rotina em que não conseguimos mais fixar nossos olhos aos detalhes belos que por nossas nuvens são escondidos.
Novos ares você irá respirar, desde que permita-se se separar do velho e acolher o novo, seja lá o que for e onde for.
A vida muda constantemente e a decisão é sua: acompanhá-la ou não." (Meire)





Uso suas palavras para transpor o que diz meu coração....
Obrigada Meiroca, pelo carinho, entendimento e amizade!!

(PS: A frase título é de Eça de Queiroz, em O Primo Basílio)

terça-feira, 1 de abril de 2008

...

Não espere:
Um sorriso para ser gentil...
Ser amado para amar...
Ficar sozinho para reconhecer o amor de quem está ao seu lado...
Ficar de luto para reconhecer quem hoje é importante para você!
O melhor emprego para começar a trabalhar...
A queda para lembrar-se do conselho...
A enfermidade para saber quão é frágil a vida...
Ter dinheiro aos montes, para então contribuir...
Por pessoas perfeitas para então se apaixonar...
A mágoa para pedir perdão...
A separação para buscar a reconciliação...
Elogios para acreditar em si mesmo...
A dor para acreditar na Oração
O dia da sua morte sem antes ACREDITAR NA VIDA!

Dani Fontana