domingo, 27 de junho de 2010

Te adorando pelo avesso, pra mostrar que ainda sou tua.

Se eu tivesse que cantar em público esta música, também não conseguiria sem chorar, sem expor o mais íntimo do meu sentimento.
Pelo menos no chuveiro, a água corrente (do cano e dos olhos) escorre pelo ralo e se vai.



(Atrás da Porta, de Chico Buarque e Francis Hime. Por Elis Regina)


E o mais puro dos desejos - se é que isso existe - é por você. Sempre.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sim, eu pedi, deveras!!!


Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio.
São João disse que não!
São João disse que não!

domingo, 20 de junho de 2010

Maktub?

Sorte de hoje: "O amor conquista tudo"

Será?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Isso que irradia...

Num dia em que o sentimento me dominou a tal ponto, que minhas próprias palavras não foram suficientes para descrevê-lo.
Ele que consome.
E depois some.
Assim como eu.
Adeus!


"PASSAGEM DAS HORAS"
Fernando Pessoa, poesias de Álvaro de Campos


 
(...)
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.

Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei...
Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos...
Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti,
Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir
E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.

Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.

Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.

Cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
É preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
Por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
Tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
Que há de ser de mim? Que há de ser de mim?

Como um bálsamo que não consola senão pela idéia de que é um bálsamo,
A tarde de hoje e de todos os dias pouco a pouco, monótona, cai.

Torna-me humano, ó noite, torna-me fraterno e solícito.
Só humanitariamente é que se pode viver.
Só amando os homens, as ações, a banalidade dos trabalhos,
Só assim - ai de mim! -, só assim se pode viver.
Só assim, o noite, e eu nunca poderei ser assim!

Vi todas as coisas, e maravilhei-me de tudo,
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco - não sei qual - e eu sofri.
Vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos,
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda gente,
Mas para toda a gente isso foi normal e instintivo,
E para mim foi sempre a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.

Sentir tudo de todas as maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
Num só momento difuso, profuso, completo e longínquo.

Sentir tudo de todas as maneiras,
Ter todas as opiniões,
Ser sincero contradizendo-se a cada minuto,
Desagradar a si próprio pela plena liberalidade de espírito,
E amar as coisas como Deus.

Viro todos os dias todas as esquinas de todas as ruas,
E sempre que estou pensando numa coisa, estou pensando noutra.
Não me subordino senão por atavisnio,
E há sempre razões para emigrar para quem não está de cama.

Dói-me a imaginação não sei como, mas é ela que dói,
Declina dentro de mim o sol no alto do céu.
Começa a tender a entardecer no azul e nos meus nervos.
Vamos ó cavalgada, quem mais me consegues tornar?
Eu que, veloz, voraz, comilão da energia abstrata,
Queria comer, beber, esfolar e arranhar o mundo,
Eu, que só me contentaria com calcar o universo aos pés,
Calcar, calcar, calcar até não sentir.
Eu, sinto que ficou fora do que imaginei tudo o que quis,
Que embora eu quisesse tudo, tudo me faltou.

Meu ser elástico, mola, agulha, trepidação ...



sábado, 12 de junho de 2010

Ah... Dia do quê?


"E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade também."

(Oswaldo Montenegro)




"Sobre o amor e o desamor, sobre a paixão,
Sobre ficar, sobre desejar, como saber te amar?
Sobre querer, sobre entender, sem esquecer,
Sobre a verdade e a ilusão,
Quem afinal é você?
Quem de nós vai mostrar realmente o que quer?
Um coração nesse furacão, ilhando onde estiver.
O meu querer é complicado demais,
Quero o que não se pode explicar aos normais.
Sobre o porque de tantos porquês,
E responder
Entre a razão e a emoção eu escolhi você!"


(O Que Nao Se Pode Explicar Aos Normais - Catedral)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Juntando os meus pedaços...

Ai, ai, meu bloguinho abandonado!!!
Tempo atrás eu disse que estava juntando meus relatos, tentando fazê-los dar algum sentido. Como se juntasse cada parte, cada pensamento, cada conversa - e foram tantas! - que tive nos últimos tempos. Sonho, pesadelo, esperança, fé... Decisões tomadas e descartadas. Lendo minhas proprias palavras, descobri um novo "eu". E me surpreendi com ela...

Agora eu tô sem tempo. Só queria mesmo deixar algumas linhas.... Saudades da minha inspiração!! rsrs!!



"... alma transparente
Um louco alucinado
Meio inconsequente
Um caso complicado de se entender"


Mil beijos com sabor de coisa boa!!!