quinta-feira, 11 de junho de 2009

Tudo novo... de novo!!

2009 começou como um mar de possibilidades. De todas as promessas de ano novo não cumpridas e reescritas, somente uma me fez perder o sono: "fazer acontecer". Nada de específico, não julgue desta forma, seria menosprezar o propósito. Que nasceu de uma das felicitações de Ano Novo que recebi em meu celular: uma pessoa de quem eu gosto muito me disse algo como "que 2009 seja 'o ano' pra você". A partir daí não aceitei mais que fosse de outra forma. Esse ano realizo o sonho de me formar em Teatro (suor e superação), comecei a faculdade de Psicologia (uma incógnita), reformulei inúmeros conceitos e projetos que havia dentro de mim. Resolvi começar do zero em muitas coisas, esquecer ressentimentos (eram tantos!) e situações que marcaram negativamente o ano de 2008....
Há meses deixei este blog às moscas. Meu cérebro fervilhava com textos e idéias, mas todas as vezes que me sentei à frente do micro, a inspiração foi por água abaixo.... Aliás, ultimamente tenho abominado a internet. Peguei uma "alergia" desse troço, que nem te conto! rs...
Nestes três meses de palavras ausentes, eu pensei. Refleti como nunca: valores, perspectivas, dores, sorrisos. Tudo o que havia dentro de mim foi pesado e, confesso, o resultado não me agradou muito.
Visto isso, tomei a difícil decisão de dar às costas ao meu coração e seguir caminho. Sempre disse que não tenho paciência pra sentar no banco da praça e esperar. Esse tempo acabou. Dói. E a dor é lancinante. Mas, convenhamos, não dava mais pra viver daquele jeito. Porque pra mim relacionamentos - família, amigos, amores, Deus... - é sinônimo de troca, de reciprocidade. Quando você oferece muito mais do que recebe, meu amigo, significa que seu relacionamento - seja ele qual for - está em desequilíbrio...
Dia desses, levei uma bolada nas costas tão feroz que até perdi o rumo.... Como tudo na vida é aprendizado, aprendi que castelos ruem. À duras penas, vi que quem eu achava que estava do meu lado, na verdade, talvez nunca esteve. Naquele dia acordei pra tantas coisas.... Vi o quanto estive errada em tomar certas decisões, fazer certas loucuras....
Passei meses tentando dar ao meu coração o alívio que ele merece. Isso que aconteceu, de certa forma contribuiu para que eu conseguisse. Foi horrível, eu chorei pacas, achei que não fosse suportar a ideia, disse isso inclusive. Mas o tempo cura todas as feridas - mais um dos meus clichês! - e esta tá fechando. Num momento de desabafo no arquivo do escritório, semana passada, me mandaram a seguinte pergunta: "Vale a pena tudo isso?" E eu vi que não. Depois encontrei no fundo da minha bolsa o rascunho deste relato, dentre outros... Resolvi que estava na hora de sair dessa redoma. Eu não sou assim, sou durona, engraçada, rodeada de pessoas sempre. Chega deste choro contido, desse amor reprimido, dessa vontade de dar no pé....
Como disse no começo, esse ano se tornou um mar de possibilidades pra mim. Agarrei algumas, tô esperando o resultado. Bom ou ruim, o importante é que eu tentei. E que certas tentativas, velem realmente a pena.
Quanto à "razão do meu afeto"... esse sonho eu guardei no bolso. Porque 2 anos é tempo suficiente pra eu saber que sempre vou esperar por algo que não vai acontecer. Sabe? E o melhor disso tudo: houve entendimento. Entendi que a ausência de lágrimas na última semana é sinal de que era sofrimento demais pra algo que nem sei se me faria assim tão feliz quanto penso. Dou graças à Deus porque tenho me mantido em pé, com o coração partido, mas com a cabeça erguida. E por Ele ter posto em meu caminho pessoas - bem poucas, por sinal - que seguraram minha mão em silencio e me permitiram chorar e rir... E com esses pequenos gestos eu tenho seguido em frente. Noutro dia vi num filme uma personagem dizendo que o sofrimento traz maturidade. Pois é, cresci!


Ai!!! Tava com uma saudade danada deste espaço. De tirar a máscara, ser eu mesma e desabafar...


Meu maior carinho a todos...
Juliana



"Não vou viver como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você..."


(Pra rua me levar - Ana Carolina)

Um comentário:

Lu disse...

Juuuuuuu, tava com saudade desse cantinho aqui sabia?! Que bom que estás de volta.
Às vezes é bom chorar, deixar as lágrimas caírem para lavar tudo o que tem dentro de nós. E depois estampar um sorriso verdadeiro...
Passarei por aqui outras vezes, ok;)

Bom final de semana pra você.

Beijos.