sábado, 25 de outubro de 2008

Esse tempo todo...

Ah! O tempo, esse bandido!

Chega uma hora na vida da gente, que precisamos de um tempo. Pra ouvir aquele silencio que grita em nós... Foi isso que aconteceu. Nos últimos 3 meses minha vida deu uma guinada. Claro, como todas as moedas, essa guinada teve seus dois lados. A parte boa é, sem dúvida o fato de eu ter sobrevivido à esse turbilhão de sentimentos à minha volta. Não foi fácil, confesso, e foi justamente por isso que me ausentei de muitas coisas. E-mails não respondidos, mensagens no celular, orkut, etc... Quisera poder me ausentar de outras coisas também. De alguns convívios, de alguns trajetos.
A verdade é que o que eu queria mesmo é não ter que responder àquela pergunta insistente: "E aí, quais são as novas?". Na real meu amigo, não tem novidade nenhuma. São as mesmas ruas, as mesmas atividades, os mesmos, sonhos - e medos também - tudo igual. E cansa pra cacete. E o pulso, ainda pulsa.... E todo aquele blá, blá, blá. Sabe como é? Não sou muito de mudanças...

"Eu sou aquele que ficou sozinho
Cantando pelos ossos do caminho
A poesia de tudo quanto é morto!"
(O Poeta do Hediondo -- Augusto dos Anjos)

O aviso de ataque de nervos descrito em uns dos meus últimos posts realmente aconteceu. Também pudera! Ninguém é tão forte que nunca tenha chorado. E meu choro veio em publico, no meio da aula de Interpretação - e não era de mentira - era puro desespero. A cura? O melhor remédio de todos: a voz da minha mãe...
Aí depois disso, veio a fase "revolta", tipo rebelde sem causa, sabe? E o resultado foi a ausência. E a consequência será, com certeza, muitos amigos chateados comigo.
Entende que eu precisava disso?
Agora já foi....
Será que há perdão pra ausência? (Sim. Este pedido é direcionado: À Meire e à Ness, por não responder, por sumir, por ser uma péssima amiga!)

Queria deixar registrado que o café já não faz mais parte das minhas fugas. Mas isso não quer dizer que não haja outros modos (comestíveis ou não) de fugir.... E eu sou boa nisso.

Dia desses tava rascunhando alguma coisa pra postar e fui reler o que escrevi até aqui. Pelo amor de Deus! Quem tem paciência pra ler isso? Tudo se resumia em minhas dores do coração partido e minha luta para parecer que tá tudo bem, quando na verdade, o chão desmoronou.... Aí, fuçando na internet, parei pra ler uns poemas do Augusto dos Anjos. Uma coisa puxa a outra, ironicamente. E é ele quem ilustra o post de hoje. Quem sabe eu não resolvo tomar um rumo na vida?

"Idealismo"

"Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor na Humanidade é uma mentira.
É. E é por isso que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo."

Comecei chamando o tempo de bandido. A gente tem mania de pôr a culpa nele, né? Parece mais fácil... E é por causa do tempo - ou a falta dele - que vou ficando por aqui! Sabe por quê? Porque ele não pára e eu tenho que acompanhar esse ritmo. E também porque hoje é um dia muito especial e eu quero aproveitá-lo muito, muito!!! Afinal, são 23 aninhos de pura arte comemorados em plena primavera!!!!
Fui...

3 comentários:

Vanessa Calixto disse...

Julili...
Não quero pedido de desculpas...não precisa disso, vc sabe...
se era de tempo q vc precisava, e se vc se encontrou nesse tempo, isso já me deixa feliz...
Amizades verdadeiras não precisam estar sempre perto pra gente saber q existe...lembre-se disso sempre!!!

bjsss

Anônimo disse...

As amizades não são medidas pela ausência ou falta de sinais de vida e sim pela consideração e toda história contida nas páginas da vida!
Cada um tem seu modo d ver o mundo, d sentí-lo e d dxar sair.EU T ENTENDO E ACEITO A AMIGA Q TENHO DA FORMA Q É, POIS AMIZADE VERDADEIRA É ASSIM!!!

T amoooo migaaaaaa!
E continuo aqui pro q der e vier!!!

BJãooo

Lu disse...

Olá! Adorei o texto, principalmente porque faz referência ao grande Augusto dos Anjos. Se quiser dá uma passadinha no meu blog, ele é novinho, ainda estou em fase de configuração.

Beijos.